quinta-feira, 30 de julho de 2020
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Ao poetinha
Poetinha, meu amigo,
Emoção reencontrá-lo!
Há muito tempo tenho saudade
E nessa brincadeira embarco.
Emoção reencontrá-lo!
Há muito tempo tenho saudade
E nessa brincadeira embarco.
Conversamos sobre versos, amores e canções,
Apertamos as mãos,
Olhamos nos olhos,
Quanta admiração!
Itapuã mereceu poema
É pura poesia!
Passar uma tarde por lá
É coisa de rei e rainha.
Vento o tempo todo,
Céu azul, Sol a pino,
Coqueiros emolduram
Esse quadro vivo.
Difícil foi dar adeus, até logo ou tchau.
“Como a vida é a arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida”
Saí de fininho...
Carregando comigo
Esse encontro perfeito
Linha tênue
Entre a Vera e o sonho.
Vera Bastos
Poema publicado na Antologia Poética: " Sarau na Casa D'álma"- 15 anos.
Nasceu após a visita à Praça Vinícius de Moraes em Salvador. Outubro de 2006.
terça-feira, 28 de julho de 2020
sábado, 25 de julho de 2020
Para ser um bom escriba.
(Inspirado no poema Para viver um grande
amor, de Vinícius de Moraes)
Em homengem ao dia do escritor.
Para ser um bom escriba
É preciso vocação
Daquela que peito sinaliza
Numa constante obsessão
Há de se ter entrega
Muita seriedade e alguns risos.
Para ser um bom escriba
É preciso ter olhos para ver
Coração para sentir
Suas dores e as do mundo
É preciso um vazio
A ser preenchido
Numa folha, tela ou dentro de si
Uma eterna ausência
Uma busca incessante
Uma vontade louca
De deixar um pedaço de si.
Para ser um bom escriba
É preciso ter profundas gavetas
Para textos adormecerem
O quanto quiserem
E depois de acordados
Transformá-los e reparti-los.
Para ser um bom escriba
É preciso ser leitor
Apreciar Literatura
Degustá-la
Ver a arte em construção.
Para ser um bom escriba
É preciso amar o ofício
Dedicar-se por inteiro
Não para ser grande
Sim, para ser.
quinta-feira, 23 de julho de 2020
Joguei a Bússola fora
Quando pequena, adorava navegar pelos Contos de
Fadas. Viagens que ganhara da mãe e da madrinha, que eram um pouco fadas. Na
época não percebia. Mas desconfiava que
existiam, mesmo disfarçadas de aventais e óculos.
A vida é um labirinto. As estações marcam o
tempo, rito de passagem. O destino cumpre o seu papel. Na ânsia da busca, a
Bússola. Vamos seguindo, encontrando a direção ou perdendo-a. O verde é sinal
aberto no peito. Olhar pra frente é
pouco! No labirinto, é preciso ver além do caminho. Nele há navegadores e seres
mitológicos. Agora, eu sei!
Num dia
cinzento, de chuva fina, triste, olhei pro alto e vi quase uma miragem. Meu
desejo transformara-se em realidade. A fada segurava uma tesoura. Não possuía
varinha mágica, nem tão pouco poções milagrosas. Tinha sorriso nos lábios,
simpatia que transborda, encantamento e paixões. Palavras certeiras,
embrulhadas em papel de seda, presentes que marcam a existência inteira. Fiquei
feliz.
Depois da convivência, descobri: a fada tem poderes, sim. Em todos que toca, as
palavras vão brotando qual flor ,delicadas, singelas, exuberantes, belas. Alguns vão virando um pouco fadas, encantando
com palavras outros seres pela estrada.
Ontem à noite, deitada ,observei que asas
começavam a nascer em mim. Levantei assustada! Peguei lápis,
papel e, qual borboleta voando
nas páginas brancas, fui deixando minhas flores palavras. Depois, voltei para o
labirinto, sentindo-me inteira, sem
pressa de achar caminho certo, direção
exata. Joguei a Bússola fora. Plantar jardins em terra árida, pra mim é o que
basta.
Vera Bastos.
quarta-feira, 22 de julho de 2020
segunda-feira, 20 de julho de 2020
Amigos
Abraços entrelaçados
Presença na ausência
Pranto, riso, gargalhadas
Dormir sossegado
Sem medo de perder:
Empático olhar
Incondicional amor.
Briga, perdoa, briga
Amigo que é amigo
É pra sempre.
Não se pode
Amizade destruir.
Coração reconhece
Nada separa
Dois irmãos
Perdão une mais
Após a discussão.
E de mãos dadas
Seguem juntos
Mesmo que por trilhas
Diversas
Destino de dois amigos
É ter laços sem enlace
É ser um do outro
E não ser de ninguém
Eternamente.
Vera Bastos
sábado, 18 de julho de 2020
Estações
em mim
No verão, calor em cada gesto.
Raios de luz
Sou Sol expandindo alegria.
No outono, folha mudando de cor e textura.
Se ventania, transformação repentina,
Se brisa, tempo de calmaria.
No inverno, frio é abrigo.
Recolho-me
E me reconstruo.
Na primaVera,encontro-me.
Desabrocho em flor,
Jorrando pétalas de amor.
Vera Bastos
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